sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Acontecimentos no ano de 1854

  • Abertura das cortes
A 2 de Janeiro de 1854, foram reabertas as Cortes, com a presença do príncipe real D,Pedro. D.Fernando proferiu o discurso de abertura, onde referiu o que viria a ser a pedra de toque deste reinado o melhoramento das vias de comunicação, que eram à data absolutamente deploráveis.

Embora tenha usado um tom optimista (demasiado até), afirmou que a agricultura tem tido um grande incremento e não tem havido escassez, ao contrário do que acontece em muitos países.

  • Instituição do sistema de padrão ouro

Em 1854, já instalada a situação regeneradora e após dois anos de desvalorização do ouro, encontravam-se reunidas as condições para a apresentação às Cortes, no primeiro de Maio, de um projecto de reforma monetária. Lia-se no seu preâmbulo:

a prata, que no estado de moeda se acha desfavorecida pela lei, por ser actualmente o seu valor real superior ao seu valor legal, deve ser sucessivamente deslocada da
circulação pelo ouro; e principalmente pela espécies de moedas de ouro que mais
favorecidas são. É isto que infelizmente tem acontecido, de modo que nos achamos
reduzidos quase a não ter em circulação mais do que os soberanos e meios soberanos
ingleses, faltando a prata para as transacções mais numerosas, como são
indubitavelmente as de pequenos valores (Diário da Câmara dos Deputados, 1 de Maio
de 1854,

  • Viagem de D.Pedro e de D.Luís

A 28 de Maio, D.Pedro embarca com destino a Southampton, numa viagem que se classificaria de esclarecimento cultural de um herdeiro à coroa.

A rainha Vitória, já tinha anteriormente tentado convencer D.Maria II, (sem êxito) das vantagens de mandar os seus filhos mais velhos viajar até Inglaterra, conforme ele fizera com o seu herdeiro o futuro Eduardo VII, que andara pela Europa.

Depois da morte da rainha , o regente D. Fernando tomou a decisão de os mandar viajar.
Além dos príncipes, embarcaram no vapor Mindelo, o duque de Terceira, o visconde de Carreira, Filipe Folque o mestre de Matemática, por Francisco de Mello, pelo barão de Sarmento e pelos seus criados particulares.

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