quinta-feira, 26 de julho de 2012

Acontecimentos no ano de 1857

  • Remodelações governamentais
Depois duma primeira remodelação em 23 de Janeiro de 1857,em que Loulé substitui José Jorge Loureiro na pasta da Guerra por Sá da Bandeira, a 14 de Março, produz nova remodelação desta feita mais profunda

  • Vicente Ferrer de Neto Paiva substitui na Justiça Elias da Cunha Pedroso
  • Carlos Bento da Silva nas Obras públicas que ele dirigira 9 meses
  • Ávila na fazenda, por troca com Silva Sanches que abandona o governo onde assumia além desta a pasta do Reino, que passa a ser assumida pelo marquês de Loulé que continua acumular os Estrangeiros além da Presidência

  • Concordata sobre o Padroado Português do Oriente
Em 21 de Fevereiro é assinada a Concordata sobre o Padroado Português do Oriente com o papa Pio IX, e negociada por Rodrigo da Fonseca, que apenas será ratificada em 6 de Fevereiro de 1860.

Perdemos prerrogativas relativamente a missões da China, Cochinchina e Japão.

Herculano comanda a oposição ao processo, publicando A Reacção Ultramontana ou a
Concordata de 21 de Fevereiro, onde apela a Sá da Bandeira: Acorda moderno Bayard,
que te matam!

A extinção das Ordens Religiosas em 1834, teve graves consequências no Ultramar, tendo todas as missões sido abandonadas à sua sorte e cuja acção junto das populações era insubstituível.

O Padroado do Oriente sofreu gravemente. Tentou-se remediar a situação no final do reinado de D. Maria II: foi criado um seminário em Luanda, em 1853, e já anteriormente havia sido criado um outro, no Bombarral que se destinava a formar religiosos para a China.

Em 1855, já no reinado de D. Pedro V, o colégio de Cernache do Bonjardim ganhou relevo ao formar cerca de 200 sacerdotes para o serviço de além-mar. A sua coroa de glória foi a missão de S. Salvador do Congo, iniciada em 1881 e que salvou a nossa soberania naquelas paragens, após a Conferência de Berlim de 1884.

  • Apresamento da Barca “Charles et Georges”


Em Novembro no dia 29. deu-se um incidente grave com o apresamento da Barca “Charles et Georges” , por um navio da Armada Portuguesa , que transportavam nativos para serem tráficados como escravos.nas Antilhas francesas. Apanhados em flagrante o capitão do navio declarou que os negros eram colonos que se dirigiam para as ilhas Reunião, uma óbvia mentira.

Este caso que viria a ser julgado nos tribunais, viria a suscitar enorme polémica como veremos