terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Viagem de D.Pedro e de D.Luís-3ºparte

  • Viagem de D.Pedro e de D.Luís-chegada à Prussia
A 20 de Julho a comitiva portuguesa embarcou a caminho dos estados prussianos e no dia seguinte chegava a Dusseldorf seguindo depois para Berlim, sendo recebido pelo rei e pela restante família real. Visitaram Postdam , sendo que esta visita à Prússia serviu para que o futuro rei de Portigal, estabelecesse as devidas comparações entre o aprumo militar prussiano em comparação com a nossa tropa.

Como não podia deixar de ser os príncipes visitaram a terra de origem de seu pai o ducado de Coburgo Gota, sendo recebido por Ernesto o duque reinante e tio-avô de ambos.

Excelente local para a caça, nas palavras de D.Pedro, mas como aconteceu em toda a viagem, sempre aproveitava os seus apontamentos de viagem para reflectir sobre a realidade portuguesa, em comparação por certo, com o que ia observando aqui as notas abordam as diferenças entre a eficácia dos governantes noutros países e o desleixo existente em Portugal.

  • Viagem de D.Pedro e de D.Luís-visita à Austria
Foi recebido pelo arquiduque Fernando Maximiliano irmão do imperador tendo ficado instalado no palácio imperial e a 18 de Agosto visitou o príncipe Augusto de Saxe Coburgo e uma avó, cuja existência desconhecia. Nova caçada e visita a uma biblioteca e um incidente menor com o imperador por quem se sentiu menosprezado atendendo a alguns comentários que aquele lhe dirigiu devido à sua pequena comitiva.


  • Viagem de D.Pedro e de D.Luís-a chegada a Portugal
A 1 de Setembro de 1854 estavam de regresso a casa, devido a uma epidemia de cólera ficara sem efeito uma visita a Paris, limitando-se a um encontro com Napoleão III, num pequeno porto no canal da Mancha, após o que seguiu para Ostende onde embarcou no Mindelo, para Portugal onde chegaria a 15 de Setembro

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Viagem de D.Pedro e de D.Luís-2ºparte

  • Viagem de D.Pedro e de D.Luís-Na Bélgica
No dia 4 de Julho a comitiva naval chega à Bélgica, que ,ler-se-ia mais tarde nos seus Diários, não suscitou a simpatia de D.Pedro desde a antipatia feminina da Corte, até ao excessivo formalismo que contrastava com a simplicidade inglesa que o havia encantado.

Pouquissimas coisas lhe agradaram, nessa visita para além da simpatia do rei Leopoldo das comunicações (de novo a circulação ferroviária) e de Observatório Astronómico e dos complexos industriais, pouca coisa mais lhe agradou

  • Viagem de D.Pedro e de D.Luís-Na Holanda
D. Pedro referiu várias vezes no seu Diário, que não tinha vindo nesta viagem para ver paisagens, porque para isso não teria saído de Portugal e dessa visita à Holanda onde chegou no dia 13 de Julho, encontrou a palavra monotonia para definir a paisagem holandesa.

Pouco mais do que visitas a museus, (a escola de pintura holandesa ) verdadeiramente o encantaram

Viagem de D.Pedro e de D.Luís

  • Viagem de D.Pedro e de D.Luís-chegada a Southampton
No dia 2 de Junho o navio que transportava os príncipes chega a Southampton, tendo recebidos a bordo o embaixador português e outras personalidades locais, tendo no dia seguinte seguido de comboio para uma estação perto de Londres, onde foram recebidos pelo príncipe Alberto que os acompanhou até ao palácio de Buckingham para serem recebidos pela rainha Vitória

  • Viagem de D.Pedro e de D.Luís-A visita
O programa da visita foi muito intenso, tendo sido minuciosamente descrito por D.Pedro no seu diário e por ele ficaram registada as suas idas ópera, ao teatro ao jardim zoológico e botânico, além de várias entrevistas com pessoas ligadas à cultura, não falhando sequer às corridas de Ascot.

Os seus comentários sempre destacavam os avanços tecnológicos que observou em comparação com o atraso que sabia existir em Portugal nesse domínio. Essa sensibilidade à inovação e ao desenvolvimento haveria de marcar todo o seu curto reinado.

A meio duma viagem entre Londres e Windsor, não deixou de anotar as vantagens que teria o País se tivesse um caminho de ferro , (referência esta que também nunca abandonou em vida) e uma estação como a de Paddington, que muito o impressionou.

Na sua deslocação ao norte de Inglaterra, onde visitou as zonas mais industrializadas do país e se ficou impressionado com a capacidade produtiva, não ficou menos com o facto de ter visto crianças de 6 ou 7 anos a trabalharem nessas unidades

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Acontecimentos no ano de 1854

  • Abertura das cortes
A 2 de Janeiro de 1854, foram reabertas as Cortes, com a presença do príncipe real D,Pedro. D.Fernando proferiu o discurso de abertura, onde referiu o que viria a ser a pedra de toque deste reinado o melhoramento das vias de comunicação, que eram à data absolutamente deploráveis.

Embora tenha usado um tom optimista (demasiado até), afirmou que a agricultura tem tido um grande incremento e não tem havido escassez, ao contrário do que acontece em muitos países.

  • Instituição do sistema de padrão ouro

Em 1854, já instalada a situação regeneradora e após dois anos de desvalorização do ouro, encontravam-se reunidas as condições para a apresentação às Cortes, no primeiro de Maio, de um projecto de reforma monetária. Lia-se no seu preâmbulo:

a prata, que no estado de moeda se acha desfavorecida pela lei, por ser actualmente o seu valor real superior ao seu valor legal, deve ser sucessivamente deslocada da
circulação pelo ouro; e principalmente pela espécies de moedas de ouro que mais
favorecidas são. É isto que infelizmente tem acontecido, de modo que nos achamos
reduzidos quase a não ter em circulação mais do que os soberanos e meios soberanos
ingleses, faltando a prata para as transacções mais numerosas, como são
indubitavelmente as de pequenos valores (Diário da Câmara dos Deputados, 1 de Maio
de 1854,

  • Viagem de D.Pedro e de D.Luís

A 28 de Maio, D.Pedro embarca com destino a Southampton, numa viagem que se classificaria de esclarecimento cultural de um herdeiro à coroa.

A rainha Vitória, já tinha anteriormente tentado convencer D.Maria II, (sem êxito) das vantagens de mandar os seus filhos mais velhos viajar até Inglaterra, conforme ele fizera com o seu herdeiro o futuro Eduardo VII, que andara pela Europa.

Depois da morte da rainha , o regente D. Fernando tomou a decisão de os mandar viajar.
Além dos príncipes, embarcaram no vapor Mindelo, o duque de Terceira, o visconde de Carreira, Filipe Folque o mestre de Matemática, por Francisco de Mello, pelo barão de Sarmento e pelos seus criados particulares.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ratificação do juramento de D.Fernando




Depois da morte de D.Maria, D.Fernando seu marido convoca de imediato o conselho de Estado confirmando que o executivo continuaria em funções e em 15 de Dezembro dirigiu uma carta ao presidente da Câmara dos Pares participando-lhe que queria que a 19 desse mesmo mês fosse marcada uma reunião extraordinária para ratificar o seu juramentos.

Disse nessa altura referindo-se ao futuro rei , que no seu espaço de regência até à maioridade de D.Pedro

será o meu maior desvelo dar-lhe lições de pai e conselhos de amigo, para se tornar cada vez mais digno de ocupar o trono glorioso de seus augustos antepassados.

A coroação

Quando sua mãe a rainha D.Maria II morreu de parto com apenas 34 anos no dia 14 de Novembro de 1453 o príncipe herdeiro D.Pedro tinha apenas 16 anos, pelo que teve que aguardar 2 anos pela subida ao trono quando atingisse a maioridade, tendo sido seu pai D.Fernando de Saxe.Coburgo Gotha assumido as funções de regente,

Assim a 11 de Setembro de 1855, 5 dias antes do seu dia de aniversário, por proposta de Rodrigo da Fonseca o ministro do Reino, era promulgado por D.Fernando o decreto que regulamentava a coroação de D.Pedro.

Assim a 16 de Setembro, nas Cortes, depois do discurso do príncipe regente, o cardeal-patriarca apresentou ao rei os evangelhos, que com o ceptro real na mão esquerda, e a mão direita sobre o missal proclamou o juramento prescrito no art 76º da Carta Constitucional dizendo

Juro manter a religião Católica, Apostólica e Romana, a integridade do Reino, observar e fazer observar a Constituição Política da Nação e mais leis do Reino e prover ao bem geral da Nação, quanto em mim couber.

O alferes-mor dirigia-se então a uma das janelas, gritou ao povo

Real, real pelo muito alto e muito poderoso e fidelíssimo rei de Portugal o senhor D.Pedro V

Seguir-se-ia um Te Deum na Sé de Lisboa, uma parada militar no Terreiro do Paço, e à noite no Teatro D.Maria II a família real assitiu a Um auto de Gil Vicente de Almeida Garret